Sinceramente? Na boa... Tem
dias que acordo com vontade de continuar a dormir para sempre. E, ao levantar e
molhar minha cabeça, esse desejo parece crescer a cada vez que os meus pulmões
se enchem de oxigênio. Talvez seja ingratidão da minha parte com a vida,
talvez. Mas a realidade é que é muito difícil você conviver diariamente rodeado
de problemas internos e externos que nunca se resolvem. Uma rotina estressante
que me consome a cada minuto. E não adianta fazer amizade com a tal da
esperança, já que, ela só me promete mudanças e até hoje nunca as cumpriu.
Reclamações. Desejos não
saciados. Planos quebrados e os cacos ficando pelo caminho. Gargalhadas com som
de 'socorro' que ninguém consegue decifrar. Na verdade, nem eu sei se quero que
alguém decifre os meus problemas, os meus devaneios, ou quem eu realmente sou.
Afinal, quem sou eu mesmo? Não sei. Eu sabia. Mas hoje não sei mais. Sem contar
que eu já fui tantos, tantas vezes e nenhum desses era eu de verdade.
Eu gosto de coisas na
velocidade da luz. E talvez, por isso, ainda não tenha encontrado alguém que
acompanhe o meu ritmo. A questão é saber se esse alguém existe, e se existe,
vai chegar até mim? E se chegar, eu vou me agradar? Porque até nisso eu sou
complicado. (Exigente – e crítico – demais). Sempre fui cauteloso, planejador e
calculista. Isso com certeza é uma virtude minha. Eu amo viver o aqui, agora,
neste instante, porém penso no amanhã e no depois também. Mas do que adianta
ficar pensando tanto no amanhã, na semana que vem se nem mesmo o meu HOJE está
definido?
Que bom que respirar é de
graça, se não, já teria me despedido deste mundo faz tempo... E não é por falta
de dinheiro, mas sim por não valer a pena pagar por algo que não me traz prazer
em fazê-lo.
Pois é, eu tenho caminhado
assim mesmo, de cabeça curvada para baixo, chutando uma pedrinha qualquer na
rua e ficando triste ao chegar ao meu destino e ter que me despedir da mesma. O
mais cruel é que a cada destino que chego, sinto que ali não é o meu lugar, não
é o meu mundo, não é para mim. Na verdade, acho que isso acontece porque eu já
estou mais do que cansado, estou esgotado. Enjoei das mesmas pessoas, das
mesmas músicas com o mesmo roteiro, enjoei do mesmo tudo. Definitivamente, não tenho mais paciência para a
mesmice.
Eu já abri todas as portas,
todas as janelas, todos os buraquinhos da minha vida para que a mudança chegue
e se faça presente, para que a felicidade entre e tome conta, para que o
sorriso venha, sente no sofá e sinta-se em casa, para que o ar tenha aroma de
satisfação e que a harmonia seja a maior corrente de união entre eu e todo o
elenco que me rodeia. Mas tá difícil.
Este sou eu, Manoel
Fernandes. O “Manél” que vive como um mané,
em busca de uma mudança que não chega e com saudade de uma felicidade que está
longe.
show meu...adorei
ResponderExcluirVocê descreveu como me sinto !!! Nossa muito forte pra mim ler tudo que se passa comigo. Parabéns!!!! E Sucesso...
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